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Toninho Ferreira (PSTU) vê desigualdade entre campanhas e critica coligações



Candidato à Prefeitura de São José dos Campos (SP) foi o último a participar da série de entrevistas no Link Vanguarda. Toninho Ferreira (PSTU) é entrevistado no Link Vanguarda Reprodução/TV Vanguarda O candidato à Prefeitura de São José dos Campos (SP), Toninho Ferreira (PSTU), disse em entrevista ao Link Vanguarda, na tarde deste sábado (28), que a eleição é antidemocrática e usou o argumento para justificar o motivo pelo qual não recebeu apoio integral do Sindicato dos Metalúrgicos nas últimas eleições. Segundo Toninho, o tempo que ele dispõe no horário eleitoral gratuito é um dos motivos que fizeram ele ter votação baixa nas eleições anteriores. “Sabe o que acontece? A eleição é antidemocrática. Por exemplo: nós não temos o mesmo tempo de TV, nós não temos horário eleitoral gratuito, o financiamento de campanhas é uma coisa absurda, é uma diferença sem tamanho, então o que leva é isso. Aí os trabalhadores muitas vezes não ficam nem sabendo ou se ficam sabendo, tem toda uma máquina que ajuda a convencer de propostas que não são nossas e eu tenho uma proposta definida”, explicou. “A gente não faz coligação porque nós temos um programa e acreditamos nele, nós confiamos no nosso programa. Nós temos convicção daquilo que a gente faz e nós não vendemos a alma ao diabo. Os outros partidos têm essa promiscuidade que existe na política e nós não concordamos, por isso não fazemos coligação de forma nenhuma”, completou. Durante a entrevista, ele também foi questionado sobre como governar com a Câmara Municipal, a proposta de tarifa zero e como resolver a crise na indústria na cidade. Toninho Ferreira foi o sexto candidato à Prefeitura de São José dos Campos a participar da série de entrevistas com os candidatos ao cargo de prefeito na cidade no Link Vanguarda. O tempo total da entrevista é de 5 minutos, sendo os últimos 30 segundos para as considerações finais. Conforme acordado e assinado pelos representantes dos candidatos, participaram das entrevistas ao vivo os candidatos com 5% ou mais na pesquisa mais recente de intenção de voto do Ipec, contratada pela Rede Vanguarda. Relação com a Câmara Questionado sobre como governar a cidade sem representantes do PSTU na Câmara Municipal, Toninho disse acreditar que o partido terá representantes no Legislativo e defendeu a criação dos chamados ‘conselhos populares’. “Nós queremos eleger vereadores nesta eleição, acho que vamos eleger, estamos com uma boa bancada. Vamos ter vereador eleito. É preciso São José ter vereadores do PSTU para mudar a agenda da Câmara Municipal”, disse. “Nós queremos governar com conselhos populares. Esses conselhos populares terem, realmente, uma condição para poder dizer que política que quer, o que que deve ser aplicado, a decidir, inclusive, sobre orçamento, a ter decisão, a não ser apenas um órgão que seja só informativo. Nós queremos que seja um órgão decisório. Esses são os conselhos populares que nós queremos nos bairros e em diferentes setores da sociedade”, completou. Crise na indústria Sobre a crise na indústria, Toninho pontuou que o problema tem abrangência nacional e que isso pode ser solucionado com outras opções, como construção de casas populares e outros prédios públicos, como creches, por exemplo. “Não é só em São José, é no país. Se fosse só em São José estava bom. Existe um processo de desindustrialização do país. O país, hoje, vive apenas de vender commodities, desde soja, de minério de ferro, e o país está se desindustrializando. O papel país hoje é esse, ou seja, está se virando uma grande fazenda. Infelizmente é isso que está acontecendo”, justificou. “Acho que é possível fazer muita coisa com relação a emprego. Primeiro é construir moradia popular. Nós podemos construir muita moradia popular, nós podemos construir equipamentos públicos como creche, escola, que estão faltando. Nós defendemos o Hospital do Idoso. É preciso cuidar melhor dos idosos”. Tarifa zero O candidato também foi questionado pelo jornalista Rogério Corrêa sobre como deve fazer para aplicar a política da tarifa zero na cidade — proposta de campanha de Toninho. “Hoje a prefeitura paga de 6 a 7% do orçamento para esses empresários encherem o bolso de dinheiro e a população também paga — e custa para a população. Esse valor vai ser reduzido para 2,5%, 3% do orçamento, porque é simples: a cidade de Caucaia, que fica no Ceará, tem mais de 300 mil habitantes, hoje, tem apenas 2,5% do orçamento que é gasto com a tarifa zero. Vai beneficiar o comércio e vai beneficiar aquela população mais pobre”, disse.

Fonte: G1


28/09/2024 – Prata FM Vale

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