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PGR pede inclusão de fugitiva por atos golpistas na lista de procurados da Interpol



Alethea Verusca Soares, moradora de São José dos Campos, é considerada foragida da justiça por descumprir medidas cautelares. Ela foi condenada a mais de 16 anos de prisão por participar dos atos golpistas no dia 8 de janeiro de 2023. Alethea Verusca Soares, de São José dos Campos (SP), participou da invasão em Brasília Reprodução/Redes Sociais A Procuradoria-Geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão de Alethea Verusca Soares – moradora de São José dos Campos (SP) condenada por participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 – na lista de procurados da Interpol. Ainda não há uma decisão sobre o pedido, que foi feito pelo Procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco, nesta quarta-feira (15). “O descumprimento das medidas cautelares impostas à ré, porém, demonstra sua falta de comprometimento para com a alternativa que lhe foi concedida”, escreveu Gonet no documento. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Em novembro do ano passado, Alethea foi condenada pelo STF à pena de 16 anos e seis meses de prisão por abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado. Fotos dela no ato golpista fazem parte do processo em que ela foi condenada. As imagens foram feitas por ela mesma durante a invasão em Brasília. Alethea foi presa dentro do Palácio do Planalto e só conseguiu a liberdade provisória sete meses depois. Alethea Verusca Soares, moradora de São José dos Campos (SP), nos atos golpistas de 8 de janeiro. Reprodução/STF- Arte/g1 Segundo a justiça, Alethea deveria cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento domiciliar noturno e nos finais de semana, comparecimento semanal no fórum da comarca onde mora, além da proibição de sair do país e de utilização de redes sociais. Ela foi condenada também ao pagamento de multa de cerca de R$ 47 mil e pagamento, junto com outros condenados, de indenização por danos morais coletivos no valor de R$ 30 milhões. Apesar disso, existe a suspeita de que a moradora de São José dos Campos tenha fugido para o Uruguai. Em janeiro deste ano, o ministro Alexandre de Moraes expediu mandado de prisão contra Alethea por descumprir as medidas cautelares. Leia mais notícias do Vale do Paraíba e região Segundo o documento, a tornozeleira eletrônica usada por Alethea deixou de transmitir sinal para o núcleo de vigilância eletrônica de pessoas da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) de São Paulo. Ela também não compareceu perante o juízo no dia 8 de janeiro deste ano. O mandado diz ainda que a Polícia Federal noticiou a evasão de Alethea para o Uruguai. No dia 26 de março, a defesa teve dois recursos negados e o processo foi transitado em julgado. O g1 tenta contato com os advogados de defesa de Alethea Verusca Soares. Em abril, uma equipe de reportagem da Rede Vanguarda esteve em dois endereços de Alethea em São José dos Campos. Em um, a mãe dela não quis comentar o assunto. Em outro, a sogra afirmou que o filhos dela está divorciado e que não tinha notícias de Alethea. Lista vermelha da Interpol A difusão vermelha da Interpol é uma ferramenta de cooperação da polícia internacional que tem como objetivo localizar pessoas procuradas pela justiça para extradição. A Interpol é uma organização policial criminal por diversos países. Para ser incluído na lista vermelha, o nome tem que ser enviado pela Polícia Federal para a sede da Interpol, na França. Em seguida, a Interpol inclui a foto e informações do procurado na base de dados global, que reúne quase 200 países no total. A partir disso, todas as fronteiras terrestres, portos, aeroportos, hotéis e locais públicos que exigem documento passam a ter acesso aos dados do procurado. Participação nos atos golpistas Bolsonaristas radicais e golpistas invadiram e depredaram, no dia 8 de janeiro, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, sede da Presidência da República, em Brasília. Alethea participou do ato criminoso e chegou a ser presa. Grades foram derrubadas e janelas foram quebradas no Palácio do Planalto durante invasão criminosa Ueslei Marcelino/Reuters Na condenação, o relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, alega que Alethea aparece em diversas imagens dos atos antidemocráticos. Ele narra que um vídeo, inclusive, foi encontrado no celular dela com o título sugestivo de ‘tomada de poder’. “Tem-se, portanto, robusto conjunto probatório a assegurar que Alethea Veruska Soares incorreu nos crimes descritos na denúncia”, cita Moraes no documento. A moradora de São José foi presa nos ataques terroristas, mas teve a prisão revogada no dia 7 de agosto e foi solta. Alethea Verusca Soares tem 49 anos e trabalhava como cabelereira em São José dos Campos. Ela era moradora do bairro Jardim Paulista, região central da cidade. Ataques golpistas de 8 de janeiro, em Brasília Jornal Nacional/ Reprodução

Fonte: G1


16/05/2024 – Prata FM Vale

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