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O que se sabe e o que falta saber sobre o helicóptero que caiu em SP rumo a Ilhabela



Aeronave, que estava desaparecida desde o dia 31 de dezembro, foi encontrada nesta sexta-feira (12). Nenhum dos quatro ocupantes sobreviveu. Helicóptero desaparecido por 12 dias é encontrado; 4 ocupantes não sobreviveram Equipes de buscas das polícias Militar e Civil de São Paulo localizaram na manhã desta sexta-feira (12), em um área de mata em Paraibuna (SP), o helicóptero que estava desaparecido desde 31 de dezembro. Os quatro tripulantes da aeronave morreram no acidente. “Todos estão mortos”, afirmou o coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, comandante da Aviação da Polícia Militar de SP. O g1 preparou um material com as principais informações sobre o caso. Veja abaixo tudo o que se sabe e o que falta saber: Helicóptero que desapareceu com 4 pessoas a caminho do Litoral Norte de SP. André de Sousa Quando o helicóptero decolou e qual era o percurso inicial? Quem eram os passageiros do helicóptero? Quais foram as comunicações feitas pelos passageiros durante o voo? Quando começaram e como aconteceram as buscas? Quais foram as pistas durante a investigação? Quando e onde o helicóptero foi encontrado? Quando foi confirmada a morte dos passageiros? Como a Polícia delimitou as buscas nos últimos dias? O que causou a queda do helicóptero? Como deve ser feito o trabalho de retirada dos corpos no local? Como será o trabalho de investigação? Helicóptero encontrado em Paraibuna Divulgação / Polícia Militar Quando o helicóptero decolou e qual era o percurso inicial? O helicóptero modelo Robinson R44 saiu do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h15 do dia 31 de dezembro de 2023. A aeronave tinha como destino Ilhabela, no Litoral Norte de SP, com três passageiros e o piloto. Durante a viagem, o helicóptero fez um pouso em Paraibuna antes de desaparecer. Helicóptero desaparece a caminho do Litoral Norte de SP g1 Voltar ao início Quem eram os passageiros do helicóptero? Os passageiros foram identificados como: Luciana Rodzewics, de 45 anos, que era empresária; Letícia Ayumi Rodzwvics, de 20 anos, filha de Luciana; Raphael Torres, de 41 anos, que também era empresário e amigo de Luciana e Letícia Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, piloto. Ocupantes do helicóptero que estava desaparecido em São Paulo Reprodução/TV Globo Voltar ao início Quais foram as comunicações feitas pelos passageiros durante o voo? A Polícia levantou, logo no início das buscas, mensagens trocadas entre Letícia Ayumi e o namorado, durante o voo, no dia 31. Na conversa, ela contava que o grupo chegou a fazer um pouso antes de retomar o voo e perderem contato. Letícia enviou duas fotos do local para o namorado. Um vídeo feito por Letícia, que mostrava as más condições do tempo durante o voo, também serviram de pistas para a polícia. Antes de helicoptero desaparecer, passageira enviou vídeo para namorado: ‘Tempo ruim’ Ainda no dia do desaparecimento, o passageiro Raphael Torres enviou um áudio ao filho, às 14h25 — cerca de 1h10 depois da decolagem — dizendo que haveria uma mudança de rota por causa das condições climáticas e que a aeronave iria para Ubatuba, também no Litoral Norte. Voltar ao início Helicóptero que desapareceu com 4 pessoas a caminho do Litoral Norte de SP. André de Sousa Quando começaram e como aconteceram as buscas? As buscas tiveram início no dia 1º de janeiro e foram realizadas por equipes da Força Aérea Brasileira (FAB), Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Ambiental e Corpo de Bombeiros. Ao todo, os órgãos acumularam cerca de 300 horas de voo nas buscas pelo helicóptero e pelas vítimas. Ao longo dos 12 dias, as buscas aconteceram em uma área de cinco mil quilômetros quadrados, que abrange as cidades de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Ubatuba, Caraguatatuba, São Luiz do Paraitinga e Salesópolis. FAB durante buscas em área de mata por helicóptero que desapareceu em SP Divulgação/FAB Voltar ao início Quais foram as pistas reunidas durante a investigação? Além da área delimitada, as buscas tinham como base as pistas reunidas ao longo dos 12 dias de investigação. As principais delas foram as mensagens trocadas entre os passageiros e parentes, envio de fotos e vídeos, além de mensagens de áudio. Posteriormente, a captação de sinais de celulares das vítimas por uma antena em Paraibuna, além do registro de imagem de uma câmera de segurança na Rodovia dos Tamoios, também contribuíram para as investigações. Antena de celular (à esquerda) que identificou último sinal emitido pelo celular de passageira do helicóptero desaparecido em SP Reprodução/TV Globo Voltar ao início Quando e onde o helicóptero foi encontrado? O helicóptero Robinson R44 foi localizado às 9h15 desta sexta-feira (12), em uma área de mata fechada, em Paraibuna, no interior de SP. O local onde o helicóptero caiu fica a 11 km de onde ele chegou a pousar, ainda no dia 31, e a 100 km do Campo de Marte, de onde ele partiu. Helicóptero com quatro mortos é encontrado nesta sexta-feira (12) Divulgação Voltar ao início Quando foi confirmada a morte dos passageiros? A morte dos quatro passageiros que estavam no helicóptero Robinson R44 foi confirmada quase três horas depois da localização da aeronave em Paraibuna, por volta de 12h. O comunicado foi feito pela Polícia Militar em entrevista coletiva realizada em São Paulo, nesta sexta-feira (12). Voltar ao início Como a Polícia delimitou as buscas nos últimos dias? Segundo a Polícia informou na entrevista coletiva, foi necessário mudar a estratégia de buscas para que a aeronave fosse localizada. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), uma nova estratégia de buscas foi definida após a polícia identificar que uma antena às margens da Rodovia dos Tamoios (SP-99) captou sinais do aparelho celular de dois ocupantes. O equipamento captou sinais do celular de Luciana Rodzewics até as 22h14 do dia 1° de janeiro. No caso de Raphael Torres, outro passageiro, os sinais foram identificados até as 23h54 do dia 31 de dezembro, data da decolagem. Helicóptero desaparecido por 12 dias é encontrado; 4 ocupantes não sobreviveram A partir disso, a polícia triangulou esses sinais e decidiu que, em vez de sobrevoar uma área maior, deveria fazer voos em velocidade e altura menores, em uma área delimitada. A ideia era observar a região com mais calma e precisão. Em uma reunião realizada na quinta-feira (11), a região foi separada por quadrantes. Segundo a SSP, destroços do helicóptero que estava desaparecido foram encontrados no primeiro quadrante sobrevoado nesta sexta. Voltar ao início O que causou a queda do helicóptero? Ainda não se sabe. A Polícia afirmou, em entrevista coletiva nesta sexta-feira, que a aeronave não tinha nenhuma caixa-preta e não possuía nenhum recurso para localização — o que poderia auxiliar a responder a causa da queda, que será investigada. Os destroços do helicóptero foram encontrados em uma área de mata fechada em Paraibuna. Local onde helicóptero que estava desaparecido foi encontrado em SP é de difícil acesso e mata fechada Divulgação/Polícia Militar Voltar ao início Como deve ser feito o trabalho de retirada dos corpos no local? Nesta sexta-feira (12), a FAB e a Polícia Militar traçaram um plano de preservação do local onde a aeronave foi encontrada, além de um plano de operação de retirada dos corpos. Peritos foram acionados para irem ao local e fazerem as análises e estudos que devem embasar as investigações da queda do helicóptero. Ainda nesta sexta, equipes tentavam chegar ao local. No entanto, as chuvas atrapalharam as ações da Polícia no local nesta sexta-feira. Segundo a Polícia Militar, os corpos das vítimas e os destroços devem ser retirados do local do acidente neste sábado (13). Vídeo mostra bombeiros fazendo rapel para acessar destroços de helicóptero que caiu em SP Como será o trabalho de investigação? Segundo a Polícia, a primeira fase da operação foi a localização da aeronave. A partir de agora, será realizado um trabalho com o apoio dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 4), da FAB, além do pessoal da Polícia Técnica Científica da região de Paraibuna. Após a retirada dos corpos, a Polícia Científica e os investigadores do Seripa farão o primeiro acesso ao local do acidente para colher indícios que devem ajudar na investigação aeronáutica. Já a Polícia Científica deve colher informações para investigação criminal, no inquérito que corre na delegacia da região. Voltar ao início

Fonte: G1


13/01/2024 – Prata FM Vale

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