Enterro foi realizado no cemitério de Eugênio de Melo. Atropelamento ocorreu na tarde desta quarta-feira (8); motorista deixou local sem prestar socorro, foi preso e depois liberado pela Justiça. Morre criança de 9 anos atropelada por carro junto com o avô em Caçapava
Arquivo Pessoal
O garoto de 9 anos, que morreu após ser atropelado por um carro em Caçapava (SP), nesta quarta-feira (8), foi sepultado na tarde desta quinta-feira (9), em São José dos Campos.
Familiares e amigos da vítima se reuniram para o último adeus a João Lucas dos Santos Pereira no cemitério de Eugênio de Melo, na Zona Leste de São José. O velório teve início às 11h. O enterro foi às 16h.
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Morre criança de 9 anos atropelada por carro junto com o avô em Caçapava, SP
João Lucas morreu após ter sido atropelado por um carro junto com o avô nesta quarta-feira (8) em Caçapava. Fabio Junior da Silva, motorista do carro que atropelou o menino deixou o local sem prestar socorro, mas foi preso horas depois. Nesta quinta (9), ele foi liberado após audiência de custódia.
O atropelamento aconteceu pouco antes das 14h, na rodovia Vito Ardito, próximo ao viaduto da linha férrea, no bairro Jardim Campo Grande.
João chegou a ser socorrido e levado ao pronto-socorro, mas não resistiu e morreu horas após o acidente. O avô dele, de 56 anos, foi socorrido com uma fratura na perna, além de diversos machucados no corpo, mas passa bem.
Imagens vão auxiliar na investigação – clique aqui para assistir
Kadett que atropelou avô e neto em Caçapava
Pedro Melo/TV Vanguarda
A morte de João Lucas dos Santos Pereira foi confirmada pela prefeitura. Nas redes sociais, a Secretaria de Educação emitiu uma nota lamentando a morte do garoto, estudante da escola Raif Mafuz, da rede municipal de ensino.
Na nota, a administração municipal se diz consternada com o falecimento e presta solidariedade aos pais, amigos e familiares “por essa despedida prematura”. Veja abaixo:
Nota de pesar da Prefeitura de Caçapava
Divulgação
Prisão do motorista
Fábio Junior da Silva, de 41 anos, foi preso pela Polícia Civil horas depois do atropelamento. Ele foi localizado em uma oficina mecânica de caminhões onde também havia uma casa. No local, os policiais encontraram o veículo coberto por uma lona em processo de desmontagem.
Segundo o boletim de ocorrência, Fábio Junior da Silva admitiu envolvimento no acidente e disse aos policiais que deixou o local por medo.
“Questionado a respeito do motivo de estar em alta velocidade conforme as imagens captadas e relatos de testemunhas, disse que estava indo levar uma peça automotiva para reparo e estava com pressa, e quando a criança hesitou em atravessar a rua com o seu acompanhante não teria conseguido frear”, diz trecho do documento.
Na delegacia, acompanhado de um advogado, o motorista disse que transitava em “velocidade compatível com a via”, e que “não tinha como desviar porque os fatos ocorreram em cima de uma ponte”. Disse ainda que “ficou em choque, pelo o que não conseguiu descer do carro e prestar socorro”.
Ele acrescentou ainda que mexeu no veículo porque o carro já estava com a suspensão danificada.
Fábio Junior da Silva foi indiciado por homicídio culposo e lesão corporal culposa – ambos na direção de veículo automotor -, fuga do local do acidente, trafegar em velocidade incompatível e por inovar artificiosamente a fim de induzir a erro.
Nesta quinta-feira (9), ele passou por audiência de custódia e foi solto. Segundo o Tribunal de Justiça, foi concedida a liberdade provisória a Fábio mediante a imposição de algumas medidas cautelares, como a suspensão da CNH; proibição de conduzir veículo automotor; comparecimento mensal em Juízo para justificar as atividades; recolhimento noturno; e pagamento de fiança no valor de dois salários mínimos.
O advogado Francisco Leandro, que representa o motorista, afirmou que o caso foi uma fatalidade e que a Justiça adotou as medidas cautelares necessárias em relação a Fábio Junior da Silva, que deixou a prisão após passar por audiência de custódia.
Fonte: G1