A paciente tem 22 anos e foi transferida para um hospital de Campinas no último sábado (25). De acordo com a família, a situação de saúde dela é delicada. A mulher foi internada na Casa de Saúde Stella Maris, em Caraguatatuba, mas conseguiu uma transferência para Campinas
Cláudio Gomes/PMC
Uma mulher grávida foi diagnosticada com a síndrome de Guillain Barré em Caraguatatuba, no Litoral Norte de São Paulo. A doença é considerada perigosa e grave pelo Ministério da Saúde, com incidência anual de um a quatro casos por grupo de 100 mil habitantes.
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Segundo a prefeitura da cidade, a paciente tem 22 anos e foi identificada como Nathalia Cristina de Assunção da Paixão, que está grávida de cinco meses.
Ela sentiu dores na perna na última semana e foi encaminhada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) à Casa de Saúde Stella Maris.
A mulher precisou ser internada na unidade, onde foi diagnosticada com a doença e recebeu cuidados de médicos especialistas, como infectologista, neurologista e ginecologista obstetra.
Por conta da gravidade do caso, a paciente passou a precisar de tratamento especializado. A família, então, a cadastrou na Central de Regulação de Oferta de Serviços da Saúde (Cross), que faz o gerenciamento de leitos no estado.
A família entrou na Justiça, que determinou a transferência de Nathalia para o Hospital da Mulher Professor Doutor José Aristodemo Pinotti, de Campinas.
A transferência aconteceu no sábado (25) e a mulher seguia internada na unidade. De acordo com a família, a situação de saúde é delicada e ela corre risco de ser entubada.
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Síndrome de Guillain Barré
A síndrome de Guillain Barré é um distúrbio autoimune, ou seja, uma doença em que o sistema imunológico do corpo ataca parte do próprio sistema nervoso, que são os nervos que conectam o cérebro com outras funções.
Geralmente essa síndrome está associada a alguma infecção, entre elas a dengue, zika, chikungunia ou o vírus da Influenza A.
Segundo o ministério da Saúde, se trata de uma doença perigosa e rara, com incidência anual de um a quatro casos por grupo de 100 mil habitantes.
Os sintomas começam com sensação de dormência ou queimação nos membros inferiores, pés e pernas, e depois nas mãos e braços.
O principal risco provocado por esta síndrome é quando ocorre o acometimento dos músculos respiratórios, o que pode evoluir para a morte se não forem adotadas medidas de suporte respiratório.
Fonte: G1