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Buscas por helicóptero que desapareceu com 4 pessoas em SP entram no 4° dia



Força Aérea Brasileira (FAB) mantém operação para encontrar aeronave que deixou São Paulo com destino a Ilhabela no último domingo (31). Quatro pessoas estavam no helicóptero. SC-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira Divulgação/FAB As buscas pelo helicóptero que desapareceu com quatro pessoas em São Paulo entraram no 4° dia consecutivo nesta quinta-feira (4). A aeronave não faz contato desde o último domingo (31). ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp A aeronave deixou a capital paulista no último dia do ano para passar o réveillon em Ilhabela, no Litoral Norte do estado, mas não chegou ao local de destino. A Força Aérea Brasileira (FAB) segue responsável pelas buscas desde então. Inicialmente, os sobrevoos estavam previstos para começarem às 7h30, mas o avião da Força Aérea Brasileira decolou somente por volta das 10h20 por causa das condições meteorológicas. Nesta quarta-feira (3), a FAB informou que já cumpriu cerca de 24 horas de buscas pelo helicóptero desaparecido. A área total das buscas é de 5 mil quilômetros quadrados e as buscas serão retomadas logo pela manhã. Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte. Arte g1 As investigações iniciais apontam para a possibilidade de o helicóptero estar em alguma área entre a Serra do Mar – região de floresta densa do bioma Mata Atlântica – e Caraguatatuba, cidade vizinha ao arquipélago de Ilhabela. É entre o trecho de Serra em Paraibuna (SP) e do município de Caraguatatuba onde a FAB concentra as buscas. O órgão usa um avião para procurar pelo helicóptero. LEIA TAMBÉM: Passageira enviou VÍDEO mostrando tempo fechado antes de helicóptero desaparecer Helicóptero chegou a fazer pouso de emergência em área de mata Saiba quem são mãe e filha que estavam em helicóptero FAB concentra buscas em área de mata por helicóptero que desapareceu em SP O modelo da aeronave é o SC-105 Amazonas, tido como moderno e especializado para cumprir missões de busca e salvamento. As buscas iniciam ao amanhecer e são encerradas no fim do dia. O modelo de aeronave exige treinamento prévio da tripulação, tem capacidade de fazer busca visual e noturna e é usado por forças armadas ao redor do mundo, entre elas a da Espanha e Índia. São 15 tripulantes especializados que estão se revezando e voando em média 9 horas por dia sobre a região de Caraguatatuba. O avião está decolando e reabastecendo em São José dos Campos. Aeronave da Força Aérea faz buscas por helicóptero com 4 pessoas que saiu de SP e desapareceu a caminho do Litoral Norte. Divulgação/FAB O g1 apurou que os ocupantes do helicóptero são: Luciana Rodzewics, de 45 anos; Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos (filha de Luciana); Raphael Torres, 41 anos (amigo de Luciana e Letícia); Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos (o piloto). O terceiro dia de buscas foi encerrado na noite desta quarta-feira (3), sem pistas ou indícios sobre o paradeiro do piloto e dos três passageiros, que seguem desaparecidos. A aeronave também não foi localizada. Saiba mais: Licença cassada e fuga de fiscalização: Saiba quem é o piloto de helicóptero Em áudios, piloto relatou dificuldades em voo Irmã de passageira mantém fé em buscas: ‘Vamos encontrá-las vivas’ Modelo do helicóptero similar ao que desapareceu no Litoral Norte de SP Divulgação Desaparecimento A aeronave saiu da capital paulista com destino a Ilhabela (SP), mas perdeu o contato com as torres de comando. De acordo com a Polícia Militar, que deu apoio nas buscas, a aeronave desaparecida saiu do aeroporto de Campo de Marte, em São Paulo, no domingo (31), por volta das 13h15, com destino a Ilhabela. Luciana Rodzewics, de 45 anos; a filha dela, Letícia Ayumi Rodzewics Sakumoto, de 20 anos estavam na aeronave. Arquivo pessoal Ao g1, a irmã da passageira Luciana informou que eles planejavam fazer um bate-volta para Ilhabela. Ela alega que Raphael é amigo do piloto e convidou a Luciana e a filha para esse passeio. Não era, segundo ela, um passeio contratado. O empresário Raphael Torres é um dos passageiros do helicóptero que sumiu em São Paulo Arquivo pessoal Às 22h40, foi gerado um alerta para o Comando de Aviação e para o Corpo de Bombeiros, já que não havia registro de pouso da aeronave ou possibilidade de contato com o piloto. O helicóptero que desapareceu possui o prefixo PRHDB, modelo Robinson 44, e é pintado de cinza e preto. Antes de helicoptero desaparecer, passageira enviou vídeo para namorado: ‘Tempo ruim’ Enquanto estava voando a caminho de Ilhabela (SP), Letícia enviou um vídeo para o namorado, mostrando o voo e afirmou que o tempo estava ruim – assista acima. Nas imagens feitas por Letícia, é possível ver o piloto e o passageiro Raphael Torres, na frente da aeronave. O vídeo mostra que havia muita neblina durante o voo, o que deixou a visibilidade ruim. Segundo a família, essa foi a última vez que a jovem deu notícias. Piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos. Reprodução/Redes sociais Piloto tinha licença cassada O piloto Cassiano Tete Teodoro, de 44 anos, é uma das quatro pessoas desaparecidas após o helicóptero que ele estava comandando perder contato com a torre e sumir no último domingo (31). Nenhum órgão oficial divulgou a identidade do piloto, no entanto, a informação foi apurada pelo g1. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Cassiano tem um histórico ruim. A Anac informou que o piloto chegou a ser pego em flagrante em uma ação de fiscalização no aeroporto Campo de Marte, em 2019, no qual piloto chegou a jogar o helicóptero que comandava contra um servidor da Anac, que realizava a fiscalização no local. Em setembro de 2021, a diretoria da Anac cassou a habilitação dele. O órgão afirma que houve caso de conduta grave de fraude por parte de Cassiano, irregularidade que resultou na pena máxima de cassação. Para a Anac, cassar a habilitação para voar é a pena mais grave dentro da ação administrativa do órgão regulador, é a punição máxima que se pode aplicar. VEJA MAIS: ‘Não dava para pousar, estava chovendo muito’, diz avó sobre último contato da neta VÍDEO mostra operação aérea da FAB em busca de helicóptero Veja como é o modelo do helicóptero que desapareceu Quando cassado, o piloto fica dois anos sem histórico na aviação, tendo que refazer todos os cursos formativos. Dessa forma, ele perde o registro de voo e precisa começar do zero para retomar a licença. A cassação de Cassiano chegou ao fim em outubro de 2023, mês que Cassiano fez os cursos necessários, pediu nova licença e foi contemplado com uma nova licença, já que seguiu todos os protocolos impostos pela Anac. Mesmo com a permissão para voar, Cassiano Teodoro não tem autorização para fazer voo remunerado, que seria o táxi aéreo, que no caso dele, classificaria como Transporte Aéreo Clandestino (TACA).

Fonte: G1


04/01/2024 – Prata FM Vale

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